Presidente do Senado agenda votação da PEC que limita poderes do STF para a próxima terça-feira

Na próxima terça-feira (21), está prevista a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme agendado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A aprovação, embora não unânime, parece ser tida como certa por alguns líderes, que destacam uma “maioria sólida” favorável à proposta. Contudo, opiniões divergentes persistem, e a constitucionalidade e a velocidade de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devem ser questionadas no plenário.

Líderes governistas asseguram, sob anonimato, a aprovação da pauta em dois turnos, enquanto líderes da oposição consideram que a matéria “passa fácil” no plenário. Aqueles que discordam do texto devem deliberar com suas bancadas antes da votação para decidir o posicionamento. A tendência é liberar os parlamentares para votarem conforme suas convicções.

Os senadores contrários à proposta devem levantar questões sobre a constitucionalidade e a rapidez da aprovação na CCJ, lembrando que a PEC foi aprovada em surpreendentes 40 segundos no início de outubro. Para que a emenda à Constituição seja aprovada, são necessárias votações em dois turnos, com o apoio mínimo de 49 senadores em cada um, antes de seguir para a Câmara.

Na semana anterior, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, expressou que “mexer no Supremo” não parece ser uma prioridade nas transformações necessárias para o Brasil. Apesar disso, ele considera “natural” que o Congresso debata a proposta, alertando sobre as implicações democráticas de interferências nas Supremas Cortes.

Reação ao STF: A PEC em discussão busca limitar decisões monocráticas e pedidos de vista nos tribunais superiores, tendo sido aprovada rapidamente pela CCJ do Senado em outubro. Entre as medidas propostas, destaca-se a impossibilidade de magistrados do STF, por meio de decisão individual, cassarem atos dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara.

A aprovação ocorreu em um contexto de crescente tensão entre o STF e o Congresso, marcado por divergências em temas como o marco temporal para demarcação de territórios indígenas. Paralelamente, outra matéria em discussão entre os senadores fixa um tempo específico para o mandato de ministros do Supremo.

A votação da PEC que limita os poderes do STF na próxima terça-feira representa um momento crucial no cenário político brasileiro. A polarização de opiniões e as potenciais ramificações democráticas indicam a importância do debate em torno das propostas que impactam diretamente a estrutura e a autonomia do Poder Judiciário.

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